14 de jul. de 2011

Abrace.

No meu canto eu olho
Teu encanto,
Começou cedo
Já vai tarde, antes que alguma besteira aconteça
Não vou criar caso, fique, se quiser, se não quiser, vá,
Só não perturbe minha paz que já anda tão pouca
Tanta história, tanta coisa, tanta desculpa, tanto pretexto
Pra no fim significar sempre o mesmo
Não era pra isso. Não é
Um dia a gente olha pra trás e se pergunta como é que deixou
Como foi que esqueceu. Por que não lembrou?
Há tanta coisa no mundo lá fora, e eu preso aqui dentro, dentro da minha cabeça, do meu mundinho imperfeito, criando minhas próprias aflições e frustrações.
A preguiça me consome e não faço nada pra lutar contra ela.
Cansei de debater, argumentar, de falar tudo o que ninguém quer ouvir e entender.
Na base do "quer, quer, não quer, foooooda-se!" que eu num tô aqui pra isso.
Mordendo o lábio, roendo as unhas, catando as migalhas...
Surtando cada dia um pouquinho, a doses homeopáticas, que é pra não assustar.
Perdendo a compostura, falando alto, xingando a mãe.
Prendendo a respiração antes do mergulho. Fechando bem os olhos antes do pulo.
Tirando todas as farpas, apagando todas as pegadas que ficarem no caminho.
Não siga a trilha.
Ela não te leva lá.
Ela não te traz aqui.
Abrace.

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