7 de mar. de 2011

E um dia ele acordou e olhou no espelho
E não viu nada do que lembrava ser
Bebeu o café e saiu
Deixando o cheiro
O telefone toca, toca, toca,
Ela atende ainda sem acordar
É o amor, e ela pede que ele não ligue mais
Que não quer mais negócios com ele
Que sempre sai num prejuízo danado
E ele argumenta, diz que não vai ser sempre assim
Que um dia tudo se ajeita
Ela diz que está cansada
Que tem que entrar com a mão de obra, com capital, se virar com o cliente final
Que ele só quer saber de oferecer a matéria prima, em estado bruto ainda por cima
Ela não quer mais não, agora não.

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